Um ano de Tom Maior

Faz um ano que esse blog começou suas atividades. No dia 29 de Dezembro de 2010 só tínhamos uma coisa para fazer: nada. Perdíamos horas no msn e com outras inutilidades da internet. Surgiu então, não me lembro como, a ideia de escrever um blog sobre música. Nosso não tão respeitável Luan Marques era quem postava mais, na verdade não tínhamos muito que escrever. Criávamos posts sobre nossos gostos musicais, ou de vez em quando alguma notícia que sinceramente nunca era surpreendente, porque já tinha saído em outros meios. Mas não tínhamos o que fazer, afinal o blog era apenas algo para ocupar o longo tempo ocioso das férias. Quando começaram as aulas, os posts foram ficando cada vez mais raros e tivemos longos momentos em que estivemos ausentes.

De repente surgiu a idéia do Luan de escrever epifânias, foi ai que as coisas começaram a ganhar um caminho que não esperávamos. Epifânias carregadas de divagações sobre coisas surpreendentes como o tédio. Mas não existe nenhum problema nisso, afinal ele estava apenas escrevendo o que se resumia a sua rotina e fez isso muito bem por sinal. Em outros momentos houve textos sobre outros temas é claro. Mas o que parece incrível foi como as pessoas se identificaram com eles, sem às vezes nem entende-los. Parecia que se escrevia algo sobre nossas vidas inúteis e que outras pessoas com vidas iguais as nossas achavam o máximo. A questão é a seguinte: estamos fazendo isso com algum mínimo de qualidade? Não pensávamos em atingir um público leitor, não escrevemos para os outros, mas existe um prazer quando alguém realmente pensa sobre o que leu e um certo desconforto quanto alguém faz um comentário idiota.

Se alguém tem uma opinião, uma visão a partir de um texto que mostre uma lógica, mesmo que diferente da nossa, isso é extremamente apreciável. E quando defecam é lamentável. De qualquer forma estes textos estão ai, disponíveis a quem quer que seja, independente da sua idade mental (desculpe usar esse termo, mas ele é o mais correto ao nível de algumas coisas que vimos). Agradecemos a todos os comentários e leitores, mas não queremos desprezá-los ao dizer que não é isso o que nos move, o que nos move? Pensar sobre coisas idiotas e importantes, como por exemplo a relação autor-ser de algum lugar desse vasto universo chamado internet que comenta, lê e nos xinga.